"...Tempo, tempo tempo... Já não me assustas mais. Acho que me acostumei com sua passagem. Cedi ao fato de que és livre, e que tens pressa.
Mas vez ou outra ainda te enrolo, e te faço parar por um instante. Te faço demorar um pouco enquanto eu olho nos olhos de quem amo. Enquanto eu gravo os momentos na memória,esperando a saudade chegar.
És livre, tens pressa, mas ainda guardo um pedacinho de ti, quando passas por mim. Te guardo quando percebo que não te tenho, e que daqui a pouco, me vou junto contigo
."

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Crescer é olhar para as antigas palavras e se reconhecer, de longe, sentada num banco sozinha olhando para os pés. É, se reconhecendo, estar do outro lado da rodovia com o celular nas mãos. Na mão, uma marca (e no coração). No coração (que agora é um órgão de pulsação a partir do nó sinoatrial), ou onde lá seja que se guarde a alma, um vazio desesperado pra ser preenchido por alguém.

Guarda esse celular menina, olhos na estrada! Se lembre e se reconheça antes do começo, onde seu mundo era só seu é só o que precisava. Pés no chão, olhar no céu.