"...Tempo, tempo tempo... Já não me assustas mais. Acho que me acostumei com sua passagem. Cedi ao fato de que és livre, e que tens pressa.
Mas vez ou outra ainda te enrolo, e te faço parar por um instante. Te faço demorar um pouco enquanto eu olho nos olhos de quem amo. Enquanto eu gravo os momentos na memória,esperando a saudade chegar.
És livre, tens pressa, mas ainda guardo um pedacinho de ti, quando passas por mim. Te guardo quando percebo que não te tenho, e que daqui a pouco, me vou junto contigo
."

quinta-feira, 21 de julho de 2011

"Sou dessa leva de gente que gosta de vírgula, ponto e vírgula, aspas, travessão, reticências. Pontos finais precisam de novos começos."


Até quando agente prolonga as coisas por medo dos pontos finais? 
Medo de que tudo vire só lembrança do que terminou. 
Não gosto de pontos finais. A cada vez que um ponto chega uma nova frase precisa ser escrita. Uma nova história, uma nova atitude; uma nova pessoa. Sei que assim tem que ser. Para começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo. Mas ainda assim, me agradaria se o texto da minha vida pudesse ser escrito somente com pontuações de continuação. Nada se perde, tudo se acumula. Quem me dera se assim pudesse ser, mas a cada vez que o sol se põe um novo ponto final surge. E me faz ter que recomeçar de novo, e de novo. Até chegar o fim, e novamente outra frase.