"...Tempo, tempo tempo... Já não me assustas mais. Acho que me acostumei com sua passagem. Cedi ao fato de que és livre, e que tens pressa.
Mas vez ou outra ainda te enrolo, e te faço parar por um instante. Te faço demorar um pouco enquanto eu olho nos olhos de quem amo. Enquanto eu gravo os momentos na memória,esperando a saudade chegar.
És livre, tens pressa, mas ainda guardo um pedacinho de ti, quando passas por mim. Te guardo quando percebo que não te tenho, e que daqui a pouco, me vou junto contigo
."

domingo, 30 de outubro de 2011

Vou acabar me acostumando com essa mania de me olhar no espelho procurando  entender onde foi que eu mudei, já que em comparação á fotos de um ou dois anos atrás não consigo encontrar semelhanças. O sorriso era diferente, o olhar era diferente. E parece que todo o resto também. Os planos, os desejos, os pensamentos. Só não consigo encontrar o momento dessa transição. Onde foi que eu deixei de ser algo, e me transformei em outra coisa. 
Ainda na comparação tento entender no que exatamente me transformei. E nunca encontro uma resposta. Sei, em absoluta certeza, que algo mudou. Afinal o tempo leva muita coisa embora e muda tudo inevitávelmente. Sei que algo mudou, só não sei dizer o que. 

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Uma qualidade minha, é que sou extremamente paciente com as pessoas. E um defeito meu, é que sou extremamente impaciente com as coisas. Talvez essas duas características devessem anular uma á outra, me tornando paciente demais, ou impaciente demais. Mas eu gosto de dizer que possuo as duas, para poder mostrar que como em tudo, em mim existem duas faces. 

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Se tem uma coisa que eu aprendi é que agente sempre supera. Não importa o que. A perda de alguém, um erro, um fracasso. É claro que algo sempre fica. Das pessoas a saudade, do erro o arrependimento, do fracasso a vergonha. Mas com o tempo essas coisas deixam de ser centros, e passam a ocupar seus devidos lugares dentro de nós. Por isso, devemos sempre nos lembrar de que nada é eterno, uma noite nunca dura para sempre.  Espera que o sol já vem.

sábado, 22 de outubro de 2011

Lá fora a chuva cai, e o frio me invade. É fácil estar aqui agora. Sem preocupações. Sem desejos ou planos, somente estar. Silêncio. E uma música de fundo cuja tradução não importa muito agora. O frio, o vazio. Me lembrar de como era o nada, e de como ele fazia bem. Porque tudo que enche demais, transborda. E ao transbordar, desperdiça. A paciência e a vontade esparramadas pelo chão. E o recipiente vazio. Deixe assim, por um tempo. Deixe estar. Sem desejos ou planos, somente estar.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Eu quero inocência, quero banho de chuva, pôr do sol, quero alguém que não desista de mim. Quero simplicidade e música de fundo, quero sonhos e planos fáceis. Quero brincar de rolar na grama e me sujar de lama. Me diz, é pedir demais?
Pois é. Juro que eu não imaginava que isso fosse gerar tanto transtorno. Admito, eu permito as pessoas entrarem e ocuparem espaços em mim facilmente, desde que conquistem sorrisos. Mas elas ocupam seus devidos espaços, e quando devem, se retiram. Sempre foi assim. E aí vem você. Retira todo o meu controle, ocupa todos os espaços, e teima em não ir embora. A situação se vai, e sua presença permanece. Desisti. Não tento mais tirar você de mim. Só peço pra que não machuque mais.
E eu estou aqui, ainda esperando. Esperando o silêncio dar lugar á palavra,  o sonho dar lugar á realidade,  a noite dar lugar ao dia, esperando a espera dar lugar ao agora. Esperando. Me cansando sem tentar. E sem saber se tentar é a melhor opção. 

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Quer saber como é meu coração? Abra meu guarda roupa. Vai ver a desordem e a bagunça que existe lá dentro. Muita coisa misturada, coisas que uso, que não uso, que não gosto mais. 
Não é falta de consideração com elas, não mesmo. Amo cada uma das coisas que estão lá dentro, mesmo as que não "gosto" mais, porque cada uma dessas coisas já fizeram parte de mim. E é por isso que não consigo me livrar delas. 

Abro as gavetas e encontro centenas de papéis. Bilhetes, cartas, fotos, cadernos, textos, conversas, memórias, planos, desejos. E fica tudo assim, misturado. Vez ou outra, eu me sento perto dela e leio alguns. E em seguida um sorriso enorme toma conta do meu rosto. Vez ou outra uma lágrima desce, mas o sorriso continua ali. E eu também continuo ali, absorta em memórias, tantas que nem foram escritas.

Não arrumo essas bagunças porque elas me fazem bem. Porque assim como as gavetas, ás vezes eu abro meu coração e vejo um pouco de tudo que tem lá dentro. Vez ou outra uma lágrima rola, mas meu sorriso toma conta da minha alma e eu fico me deliciando com o que sou, e com todas as pessoas que trago comigo. 

sábado, 15 de outubro de 2011

Querendo que fosse mais fácil. Querendo que fosse, mas parece que a culpa é sempre minha. É tempo que não chega, e eu acredito nele. Mas, oportunidades alcançáveis geram vontades. Conforto. Era o que eu pedia, e ocultamente ainda peço. Mas quanto mais penso, mais dor de cabeça isso gera. Sem saída, só consigo ficar assim, querendo que fosse. E fosse mais fácil.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

É, eu sou uma otária mesmo. Porque eu deixo, eu aceito. Todo mundo abusa de mim, faz hora com a minha cara e depois eu volto com um sorriso de "nada aconteceu". Sou uma otária mesmo. Agradeça por isso.
Agora eu entendo o por quê da minha necessidade de criar situações que não vão existir. É só uma tentativa de me fazer acreditar que ainda tem um jeito, um final feliz. Que algum milagre ainda me trará você. Amarga Ilusão.

domingo, 2 de outubro de 2011

Eu tinha me esquecido como era bom abrir os olhos, depois de tanto tempo cega. É bom ver, saber distinguir. Guardar as ilusões e expectativas no baú mais pesado e empurrar pro fundo da alma. Deixar lá. Enxergar com maior clareza. Viver mais, se iludir menos. É, eu prefiro assim.