"...Tempo, tempo tempo... Já não me assustas mais. Acho que me acostumei com sua passagem. Cedi ao fato de que és livre, e que tens pressa.
Mas vez ou outra ainda te enrolo, e te faço parar por um instante. Te faço demorar um pouco enquanto eu olho nos olhos de quem amo. Enquanto eu gravo os momentos na memória,esperando a saudade chegar.
És livre, tens pressa, mas ainda guardo um pedacinho de ti, quando passas por mim. Te guardo quando percebo que não te tenho, e que daqui a pouco, me vou junto contigo
."

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O que mais me dói ao ver o tempo passar é me perguntar quem eu sou, e não encontrar resposta. Dói no fundo da alma lembrar que eu costumava saber.
Eu costumava olhar no espelho, e sorrir diante do reflexo. Eu costumava  amar mais. Costumava olhar nos olhos. Costumava sentir. Sentir arrepios, e ondas de dor. Sensações ao ouvir músicas das quais eu não conhecia a tradução. 
Eu costumava ter uma certeza cega sobre quem eu era. Sobre o que eu gostava. sobre o que eu queria.
A verdade agora é que eu não tenho mais certeza sobre nada. Exceto que o sol já vem.
Agora, se ele vai ter algum impacto sobre mim, é outra história.