O que mais me dói ao ver o tempo passar é me perguntar quem eu sou, e não encontrar resposta. Dói no fundo da alma lembrar que eu costumava saber.
Eu costumava olhar no espelho, e sorrir diante do reflexo. Eu costumava amar mais. Costumava olhar nos olhos. Costumava sentir. Sentir arrepios, e ondas de dor. Sensações ao ouvir músicas das quais eu não conhecia a tradução.
Eu costumava ter uma certeza cega sobre quem eu era. Sobre o que eu gostava. sobre o que eu queria.
A verdade agora é que eu não tenho mais certeza sobre nada. Exceto que o sol já vem.
Agora, se ele vai ter algum impacto sobre mim, é outra história.