"...Tempo, tempo tempo... Já não me assustas mais. Acho que me acostumei com sua passagem. Cedi ao fato de que és livre, e que tens pressa.
Mas vez ou outra ainda te enrolo, e te faço parar por um instante. Te faço demorar um pouco enquanto eu olho nos olhos de quem amo. Enquanto eu gravo os momentos na memória,esperando a saudade chegar.
És livre, tens pressa, mas ainda guardo um pedacinho de ti, quando passas por mim. Te guardo quando percebo que não te tenho, e que daqui a pouco, me vou junto contigo
."

sexta-feira, 30 de março de 2012

A saudade que corrói e a lembrança que constrói a vontade de voltar atrás. 
Projetos inacabados. Tanta coisa que nem começou direito, e termina. 

terça-feira, 27 de março de 2012

E ao fim do dia o cansaço, junto ao sorriso. De ter feito o que eu devia, o que eu podia. De ter sido um pouco menos pra mim e um pouco mais para o outro. De ter sido um pouco mais, daquilo que devo ser. Sensação de dever cumprido. Sensação de realmente ser.

domingo, 25 de março de 2012

Tanta coisa na cabeça. Nada pra pensar.

sábado, 24 de março de 2012

E ás vezes me pergunto se minha saudade é da pessoa em si, ou de quem eu achava que ela era... de quem eu a fiz ser, em mim.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Que eu me lembre que sei, que conheço o que realmente importa. O que realmente me faz estar de pé. Que nas dificuldades eu me lembre que zelam por mim. Que eu jamais me esqueça de ti, Mãe. Amém.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Aprendi que é preciso tentar compreender o outro, como eu gostaria de ser compreendida.
Como pôde, então, caber uma mulher tão forte em um corpo tão frágil? 

terça-feira, 20 de março de 2012

O que antes fazia parte, e já não faz mais. Novos ares, velhos hábitos.
Presente e passado. Medos e saudades.
E uma lembrança de você.
É tudo.
Esteve presente por um tempo nos sorrisos, e depois presente na saudade.
Era presença em mim.
E agora se foi. Levando junto minha vontade de sorrir.
Levou consigo a parte risonha de mim.
Se foi.
Mas agora é tarde para dizer,
 que eu gostaria que tivesse ficado. 

segunda-feira, 19 de março de 2012

E você ainda me faz falta, naqueles dias em que tudo que eu mais preciso é sorrir.

domingo, 18 de março de 2012

É tão absurdo... é inacreditável a minha capacidade de permanecer sorrindo em determinadas situações onde tudo que eu gostaria de fazer é gritar. Mandar tudo pra p@#$#@$%$#¨$¨ e sumir.

sábado, 17 de março de 2012

E por tantas vezes me vejo investindo no que não vai dar pé... perdendo tempo com coisas das quais eu só gostaria de ter distância. Acho que essas são as horas em que minha razão resolve dar uma volta, e não deixa ninguém no controle. 

sexta-feira, 16 de março de 2012

                  Meu antigo Cachoeiro.

É sempre assim. Toda vez que me lembro, a saudade aperta no peito.  

Uma casa sem muros, uma rua cheia de terrenos vazios. Um enorme pé de castanha. Pedaços da minha infância num bairro pacato de uma cidadezinha quente.
Quente, sim. Em aconchego. Quente como abraço de mãe.
Mas não pense senhora, que minha saudade é por distância. Não. Pois permaneço bem aqui, no meu pedacinho de chão. Minha saudade é por tempo.  É saudade daquele tempo de tranquilidade. Saudade das primeiras festas da cidade, do cheiro gostoso de amizade. É saudade do tempo em que todos aqui se conheciam, bem assim, como uma enorme família. Na grande casa –agora cheia de edifícios- que era meu antigo Cachoeiro.   


Notas explicativas:  O texto trata do desenvolvimento de Cachoeiro de Itapemirim, e do inevitável distanciamento que ele gerou entre as pessoas que aqui viviam. Porque apesar de cada vez mais as pessoas estarem mais próximas, por meio de tantas redes sociais e internet á mão no celular; cada vez menos elas vão umas nas casas das outras para simplesmente tomar um café. 


(Texto vencedor o VI Concurso Literário do IFES Campus Cachoeiro de Itapemirim - 2011)

quinta-feira, 15 de março de 2012

Por aqui transcrevo meus pensamentos. Mas eu não tenho nenhum controle sobre eles. Assino meu nome apenas pra me assegurar de que saíram de algum lugar, dentro de mim. Eles surgem do nada, e me pedem com urgência pra pegar papel e caneta. E vão aparecendo aos poucos, enquanto eu faço o contorno das letras...Ao fim, leio a folha, antes em branco, e sorrio diante do que fui usada para escrever. Sim, usada. Se tento por vontade própria transcrever algo que me passa, a folha vira uma imensa página de rabiscos e rasuras de insatisfação. Alguns chamam minha forma de escrever de inspiração. Eu diria que é uma espécie de possessão. De alguma poetisa que mora em mim, e que ás vezes me usa pra tentar mostrar ao mundo algo que as pessoas não vêem. E detalhe, é na hora que ela quer. Se enrolo pra transcrever seus pensamentos, ela se aborrece e me faz esquecer. Então assim dependente eu fico. De alguma forma, dependente de mim mesma. 

quarta-feira, 14 de março de 2012

Talvez pela falta de tempo, talvez pela falta de interesse, talvez pela ausência de sorrisos, o fim sempre chega. O fim está sempre se aproximando, afinal. E tenho a impressão de que ele se antecipa ao abraço, vindo em minha direção como uma mãe que vem ao encontro do filho. Como se ele gostasse, e teimasse colocar pontos finais onde eu queria reticências. 
Ás vezes eu tenho a impressão de que sou a única que se importa. 

terça-feira, 13 de março de 2012

É uma espécie de lei da vida. Um dia, todos se encontram. Encontram a si mesmos, percebem quem realmente são, e só assim encontram outras pessoas. Olho ao redor e vejo as pessoas se encontrando, o relógio da vida vai se acertando com elas e as coisas vão seguindo... e parece que o meu relógio está atrasado, como eu sempre estou, e perdeu a hora de me fazer me encontrar. Perdida em um tempo que não chegou, assim estou. Se é que, de alguma forma, isso é possível.  

segunda-feira, 12 de março de 2012

"...Ele sentia a respiração dela em seu pescoço enquanto davam passos curtos pelo silêncio do fim de tarde. A última dança. O último adeus, talvez? Já havia perdido a conta de quantas vezes eles disseram que seria a última."
                                    Trecho de algum livro que ainda será escrito. Ou não.
Como dizem, pra quem sabe ler, um pingo é letra. Perdi as contas de quantas vezes eu deixei de escrever, e de certa forma, "publicar" algo por medo de alguém entender.
Besteira, não? Não.
                                                       20/02

sábado, 10 de março de 2012

Me fiscalizo e vejo que me falta um pedaço,
que deixei por aí, em algum abraço, 
Em um espaço 
Que o tempo não pode fazer voltar. 
Se perdeu.
O abraço não é mais meu.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Encontrei um cantinho onde posso me encontrar nos sentimentos dos outros, e os outros se encontrarem nos meus... onde a palavra se faz soberana, e como uma mãe humana, oferece um afago e um colo pra descansar em meio a tanta desordem. Recanto das Letras. Sinta-se em casa. (:

www.recantodasletras.com.br

segunda-feira, 5 de março de 2012

Me livre da angústia de vagar pelo nada, á espera de algo qualquer que faça algum sentido. Me livre da ausência. Algo que me tire a sensação de dever não cumprido, de planos que sempre dão errado. Algo que me livre, e me faça ser livre. Liberta de mim mesma, e de tudo que em que me deixo prender. Abrir as asas e levantar voo. Voar pra longe. 

sábado, 3 de março de 2012

Voltando ao mesmo espaço depois de certo tempo... revendo cenas e conceitos... relembrando as promessas e os desejos... os planos. Diante do antigo lago, agora sem lua, percebi que fracassei na maioria das coisas que quis resolver por mim mesma. Falhei em todas as tentativas de ser dona de um tempo que não é meu. O lago agora se foi, e a lua também.
Junto com eles, se foi aquela que pensava saber por onde andar. 

quinta-feira, 1 de março de 2012

As coisas funcionam assim agora. As pessoas admitem seus defeitos, gritam seus defeitos de uma forma que quase chegam a se orgulhar deles. Se admitem assim, e ainda exigem que as pessoas devem suportar e relevar a tudo pra que se aproximem. É assim, como se nada mais pudesse ser feito. Acomodação é a palavra chave do comportamento humano.