"...Tempo, tempo tempo... Já não me assustas mais. Acho que me acostumei com sua passagem. Cedi ao fato de que és livre, e que tens pressa.
Mas vez ou outra ainda te enrolo, e te faço parar por um instante. Te faço demorar um pouco enquanto eu olho nos olhos de quem amo. Enquanto eu gravo os momentos na memória,esperando a saudade chegar.
És livre, tens pressa, mas ainda guardo um pedacinho de ti, quando passas por mim. Te guardo quando percebo que não te tenho, e que daqui a pouco, me vou junto contigo
."

sábado, 20 de julho de 2013


_ Hum…e o que mais? – fui para a sala e me sentei em frente a ele, que se apoiou sobre os joelhos.
_ Aí então, como fim de todo o plano, te seguraria e roubaria um beijo.
Inclinei-me também, aproximando-me de seu rosto.
_ Você não teria coragem.
_ Tem certeza?
_ Uhum.
E me beijou. Nos beijamos. Me permiti ceder enquanto ele passava a mão por entre meu cabelo.
Quando paramos, sorri, e ele disse:
_ Quem é que não tem coragem?
_ Acha mesmo que foi um teste de coragem?
Ele riu.
_ Você sempre consegue o que quer – acariciou meu rosto - . Não é justo.
_ O mundo não é justo.
Me levantei disposta á voltar para a cozinha, quando ele segurou meu braço.
_ Onde pensa que vai?
_ Pra cozinha.
_ Não mesmo. – Me puxou pro sofá e voltou a me beijar.
Por um instante, eu quis não precisar ir embora. E nos próximos também.
” 


                                                             Meados de 2012

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Lindo! Tesão! Bonito... só que não. '--'

A contragosto, estou começando a acreditar que na verdade, gentileza gera gente folgada.

E que gostar é esse que não cuida? Que não percebe, não se preocupa? Não pode haver veracidade no vazio do não se importar.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

É isso, eu me acostumei ao meu universo. 
Meu mundo, minhas regras. No fim das contas, acho mesmo que só eu o posso adentrar. Então, sozinha nele permaneço... Ou não tão sozinha. Cercada das minhas angústias rotineiras e, bom... está bem assim. 
Talvez por costume, talvez porque seja melhor mesmo estar sozinha.
Ás vezes é difícil enxergar a limiar entre o real e o irreal, e fico perdida. O coração acelerado pulsa pelo que na verdade não existe, e posteriormente me culpo por essas perdas. 
O meu resumo, aliás, é esse: Posteriormente me culpo. A quantidade de vezes em que isso acontece nunca parece suficiente.

Bom, se não há mortos nessa história, lamento ter de enterrá-los vivos.