"...Tempo, tempo tempo... Já não me assustas mais. Acho que me acostumei com sua passagem. Cedi ao fato de que és livre, e que tens pressa.
Mas vez ou outra ainda te enrolo, e te faço parar por um instante. Te faço demorar um pouco enquanto eu olho nos olhos de quem amo. Enquanto eu gravo os momentos na memória,esperando a saudade chegar.
És livre, tens pressa, mas ainda guardo um pedacinho de ti, quando passas por mim. Te guardo quando percebo que não te tenho, e que daqui a pouco, me vou junto contigo
."

domingo, 7 de abril de 2019

Permanece incompreensível para mim a noção de todas as coisas maravilhosas que acontecem na minha vida, e eu as observo, atônita. Quase uma espectadora nas minhas próprias memórias. Às vezes ainda assombrada pelo medo do que pode dar errado e na mão invisível do azar, que estica os dedos, maliciosa, para me alcançar e interromper minha tinta, deixar meia página em branco.
Aos poucos, bem aos poucos, a insegurança dá lugar à confiança e à esperança de que, de fato, há muito a se fazer - e surpreendentemente, será feito.
Tomar as rédeas de si e da vida é um passo de responsabilidade que reconhece que ninguém além de mim é responsável pelo meu próprio destino. Ao mesmo tempo, saber que fui capaz de todas essas coisas e que atraí essas pessoas e essas experiências me faz, talvez pela primeira vez, acreditar. Que vai dar certo. Fake it untill you make it, they say. I made it.