Crescer é perder a magia. Os antigos rituais, tradicionais e repletos de significados, se perdem. São engolidos. Somos engolidos pelas nossas escolhas e seus reflexos. Somos quem podemos ser.
Existe um limite de vezes em que podemos nos desculpar por ser quem somos, e ele é estabelecido pela quantidade em que é possível uma melhora. Para além, é auto aceitar-se. Abraçar-se e compreender de onde viemos e o que nos trouxe até aqui.
De todas as constâncias da vida (e olha que são bem poucas), o medo é talvez a maior. O esforço de moldá-lo e dobrá-lo é constante, até que ele caiba no bolso e vá junto conosco nos nossos desafios.
Deixar pra trás as fantasias de criança e as festas de aniversário repletas de doces e gente é acordar de um sono profundo cheio de sonhos. É então, encarar as responsabilidades e consequências dos caminhos e oportunidades que tomamos e abraçar nosso destino construído a cada tijolo. Se construir é uma construção. Haja cimento.