"...Tempo, tempo tempo... Já não me assustas mais. Acho que me acostumei com sua passagem. Cedi ao fato de que és livre, e que tens pressa.
Mas vez ou outra ainda te enrolo, e te faço parar por um instante. Te faço demorar um pouco enquanto eu olho nos olhos de quem amo. Enquanto eu gravo os momentos na memória,esperando a saudade chegar.
És livre, tens pressa, mas ainda guardo um pedacinho de ti, quando passas por mim. Te guardo quando percebo que não te tenho, e que daqui a pouco, me vou junto contigo
."

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Crescer é perder a magia. Os antigos rituais, tradicionais e repletos de significados, se perdem. São engolidos. Somos engolidos pelas nossas escolhas e seus reflexos. Somos quem podemos ser.
Existe um limite de vezes em que podemos nos desculpar por ser quem somos, e ele é estabelecido  pela quantidade em que é possível uma melhora. Para além, é auto aceitar-se. Abraçar-se e compreender de onde viemos e o que nos trouxe até aqui.
De todas as constâncias da vida (e olha que são bem poucas), o medo é talvez a maior. O esforço de moldá-lo e dobrá-lo é constante, até que ele caiba no bolso e vá junto conosco nos nossos desafios.
Deixar pra trás as fantasias de criança e as festas de aniversário repletas de doces e gente é acordar de um sono profundo cheio de sonhos. É então, encarar as responsabilidades e consequências dos caminhos e oportunidades que tomamos e abraçar nosso destino construído a cada tijolo. Se construir é uma construção. Haja cimento.