"...Tempo, tempo tempo... Já não me assustas mais. Acho que me acostumei com sua passagem. Cedi ao fato de que és livre, e que tens pressa.
Mas vez ou outra ainda te enrolo, e te faço parar por um instante. Te faço demorar um pouco enquanto eu olho nos olhos de quem amo. Enquanto eu gravo os momentos na memória,esperando a saudade chegar.
És livre, tens pressa, mas ainda guardo um pedacinho de ti, quando passas por mim. Te guardo quando percebo que não te tenho, e que daqui a pouco, me vou junto contigo
."

domingo, 28 de agosto de 2011


Aceitar o que realmente se é ás vezes não é fácil. Mas, no fim das contas, se torna inevitável.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011


A verdade é essa. Tenho mil faces.  E isso não quer dizer duplo caráter, atitudes conforme situações pra me sair melhor.
Atitudes segundo situações sim. Não posso, jamais, afirmar que me porto da mesma forma em um grupo de amigos, e um grupo onde não conheço ninguém. Não faz parte de mim.
Mil faces. Talvez um pequeno exagero. Mas uma enorme variedade de forma de ser, pensar e agir. Te dou a chance de escolher. Te dou sinal amarelo. Pinte sobre ele com rosa, e obterá um sinal vermelho te mandando parar. Pinte sobre ele com azul, e obterá um sinal verde pra seguir.
Mil faces. Paciência pra agüentar bofetões em algumas. Mas as próximas nunca serão iguais.
Acostume-se. Se não gosta da primeira, conquiste a segunda. Espere pela terceira.
Espero dar-lhe sempre a melhor face. Mas, se eu não conseguir, não me culpe. Culpe a dificuldade que existe hoje em tentar ser alguém melhor para o outro. Enorme dificuldade.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

E eu não consigo controlar essa minha vontade. E isso me assusta. Mistura desejo urgente, irracionalidade, saudade, necessidade. Por mais que eu tente, e como eu tento, não consigo parar meu pensamento; e meu sorriso diante dele. Brigo comigo, procuro outro pensamento mas ele insiste em voltar; dançar na minha frente; explicitar a minha vulnerabilidade diante dele. É fraqueza, é besteira, mas e aí? Isso não muda o fato de que cada vez mais eu sinto que nada mais parece certo. Que nada substitui, nada serve. Só você.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Machuca esse cansaço. Sem motivo. Ambos.
Cansaço sem motivo, dor sem motivo. Dor pelo cansaço, cansaço pela dor. 
Falta ar puro pra respirar. Falta vontade de recomeçar. E lutar.
Mas tudo parece tão sem valor. Sem brilho.
É, os tempos mudam. Ou será que são as pessoas?
"E agente perde tempo esperando o tempo passar."
Tempo demais. Espera pelo que não vem. Os ponteiros do relógio vão se movendo e levando embora o tempo que não volta. 
Perca de tempo, perca de paciência, perca de vontade. Tudo se perde, se transforma sem ninguém ver. E quando se vê mudou, passou, se perdeu. 
É tempo demais preso no que não melhora, não leva pra frente.


Tudo isso é tempo demais, perdido. Quando o que se mais quer é ter mais tempo pra viver. Pra ser. 

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

"Tô me afastando de tudo que me atrasame enganame segura e me retém."
Não havia percebido antes, mas eu já tentei tanto agir assim que agora é instantâneo. As coisas duram. Divertem, dão alegria eufórica e intensa. Mas se não me acrescenta, se vai. Sem que eu precise me desfazer. Não ficam, sempre passam. Não sei se é consequência do meu jeito, das minhas escolhas; mas sempre agradeço por elas irem, e por me deixarem perceber depois que nem tudo elas eram. 
Mas ainda me parece que existem algumas pequenas coisas, ou grandes, que não te deixam se afastar. Te atrasa, te engana, te segura e te retém; e você não consegue ir. Não consegue se afastar. E aí? Como faz?

terça-feira, 9 de agosto de 2011

De ontem em diante serei o que sou no instante agora. Sem a ideia ilusória de que o dia, a noite e a madrugada são coisas distintas; separadas pelo canto de um galo velho. Eu apóstolo contigo; que não sabes do evangelho, do versículo e da profecia. Quem surgiu primeiro? O antes, o outrora, a noite ou o dia? 
Minha vida inteira é meu dia inteiro. Meus dilúvios imaginários ainda faço no chuveiro. Minha mochila de lanches é marmita requentada em banho maria. Minha mamadeira de leite em pó é cerveja gelada na padaria. Meu banho no tanque é lavar carro com mangueira. 
E se antes, um pedaço de maçã; hoje eu quero a fruta inteira! E da fruta, eu tiro a poupa. Da puta, eu tiro a roupa. Da luta, não me retiro.
Me atiro do alto, e que me atirem no peito. Da luta eu não me retiro!
Porque todo dia de manhã, é nostalgia das besteiras que fizemos ontem. 

                                                       De ontem em diante - Fernando Anitelli
Cansei. E nem sei dizer de quê.
É, de novo aqueles dias em que não há ânimo. Nem dias inteiros, horas. Ou talvez dias inteiros camuflados por distrações, mas que trazem no silêncio da noite o vazio. Vazio. Necessidade. De quê? Você sabe. Ou talvez não.
Talvez saiba, mas não sabe como preencher, como conseguir.
 Algo define, afinal? Acho que não. 

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

"I need some distraction." 
Distrações. Tiram nossa atenção do centro dos problemas. Bom ou ruim? 
Nos desaceleram e nos pedem pra parar. Descansar, por a cabeça no lugar e procurar uma solução viável. 
Mas também nos pedem pra ser centro ás vezes. Atrapalha. 
De fato é mais fácil trocar os problemas por distrações. Mas elas também acabam. 
Já os problemas, permanecem lá, esperando - e prejudicando cada vez mais - sua boa vontade de enfrentá-los.