Os ideais e motivos são maiores, eu sei. Mas tenho medo de me deixar, e deixar muita coisa. Deixar um pedaço muito grande pra trás. 

Hora de respirar fundo e me lembrar dos quês e porquês. Se é que, algum dia os encontrei.

Cercada, ás vezes, por uma doçura que não me pertence. Em um lugar do qual não faço parte.
Doçura essa que vence, e se faz escolhida; deixando pra trás a amargura de quem muito viveu.
O que ainda não me parece justo. Mas quem é que pode, afinal, ser juiz?

Parei de me importar, e na pausa percebi que eu era a única que o fazia.

E a saudade não é mais a mesma... Talvez seja verdade que tudo isso tenha me mudado de alguma forma, todo esse tempo. Aquela antiga vontade enfraqueceu-se enfim. Mas mesmo assim, sempre que olho pra trás, sorrio diante de tudo que foi. E sim, admito que foi. Não adianta relutar; e acho que essa tardia aceitação acabou sendo, de alguma forma, o anúncio do fim. 

E tão linda é a canção, que só parece ser digna de uma história de amor. De ser trilha sonora de um desejo que leva embora o ar e a razão. 

I wish I could understand you, Dad.

O que não faria diferença pra quem não valoriza... é sem brilho pra quem pensa, 
e sente diferente. Ou sou eu que o faço? Talvez o valor exagerado seja sempre
atribuído por mim mesma, que insiste em ver as coisas diferentes do que elas são.
Ou são, e ninguém mais viu?

"...E isso já me doeu tanto. A tua ausência já me doeu tanto. Mas apesar de uma ou outra lágrima de saudade, a tua lembrança hoje me trás sorriso." 
                                                  Meados de 2011. 

Por que você faz isso comigo? E por que te deixo fazê-lo?
Não é justo. Pra nenhum de nós.