"...Tempo, tempo tempo... Já não me assustas mais. Acho que me acostumei com sua passagem. Cedi ao fato de que és livre, e que tens pressa.
Mas vez ou outra ainda te enrolo, e te faço parar por um instante. Te faço demorar um pouco enquanto eu olho nos olhos de quem amo. Enquanto eu gravo os momentos na memória,esperando a saudade chegar.
És livre, tens pressa, mas ainda guardo um pedacinho de ti, quando passas por mim. Te guardo quando percebo que não te tenho, e que daqui a pouco, me vou junto contigo
."

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Guardo na memória, se não no papel, a folha cheia de rabiscos em tinta preta; aquela prosa sem título que ia surgindo timidamente, tendo como início o fim. "É questão de classe."

Meados de um trabalho de português. 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Volátil como o álcool, evapora... foi-se a certeza.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

And it feels like I am just too close to love you...


Ah, essa nossa mania de adiar os finais.
Acontece que o ponto final
                                         não espera.

sábado, 2 de novembro de 2013

E aí você tá decepcionado, desacreditado das pessoas... 
Senta-se no quintal de casa e recebe um abraço... do frio. Que sopra suavemente, arrepiando-lhe dos pés aos cabelos da nuca. 
Recebe aquele abraço congelante, friamente aconchegante. Desajeitado, mas tão sincero quanto incompreendido poderia ser. 
E de repente, isso era tudo de que você precisava. 
Pra reacreditar... em você.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A contragosto, estou começando a acreditar que na verdade, gentileza gera gente folgada.

                                                                                                             03/07

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Se tem uma coisa que eu aprendi, é que há sempre outras histórias. As bifurcações no caminho guardam cada uma a sua surpresa.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

"Avassalador” é o que reduz outro à condição de vassalo. 

Paixões que tiram o ar, o chão, o juízo, a razão. Paixões que nos submetem a serviço de um desejo, que nos (des)controla segundo suas leis imorais.
Paixões avassaladoras.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Lá fora o mundo desaba, desarma, se acaba.
E dentro de mim, as coisas conflitam. O tempo todo.

sábado, 3 de agosto de 2013

"Ser livre é, frequentemente, ser só." , ela escreveu e colou no espelho. Fazia disso uma oração. 
O fez para lembrar-se sempre de que este parecia ser o preço por ser quem era.
E, afinal, não era tão alto assim.
Sabe qual é? As pessoas se desacostumaram a serem amadas. Amor sem interesse. Amor por gostar, por se importar. E quando isso lhes acontece, a confusão se instaura.

sábado, 20 de julho de 2013


_ Hum…e o que mais? – fui para a sala e me sentei em frente a ele, que se apoiou sobre os joelhos.
_ Aí então, como fim de todo o plano, te seguraria e roubaria um beijo.
Inclinei-me também, aproximando-me de seu rosto.
_ Você não teria coragem.
_ Tem certeza?
_ Uhum.
E me beijou. Nos beijamos. Me permiti ceder enquanto ele passava a mão por entre meu cabelo.
Quando paramos, sorri, e ele disse:
_ Quem é que não tem coragem?
_ Acha mesmo que foi um teste de coragem?
Ele riu.
_ Você sempre consegue o que quer – acariciou meu rosto - . Não é justo.
_ O mundo não é justo.
Me levantei disposta á voltar para a cozinha, quando ele segurou meu braço.
_ Onde pensa que vai?
_ Pra cozinha.
_ Não mesmo. – Me puxou pro sofá e voltou a me beijar.
Por um instante, eu quis não precisar ir embora. E nos próximos também.
” 


                                                             Meados de 2012

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Lindo! Tesão! Bonito... só que não. '--'

A contragosto, estou começando a acreditar que na verdade, gentileza gera gente folgada.

E que gostar é esse que não cuida? Que não percebe, não se preocupa? Não pode haver veracidade no vazio do não se importar.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

É isso, eu me acostumei ao meu universo. 
Meu mundo, minhas regras. No fim das contas, acho mesmo que só eu o posso adentrar. Então, sozinha nele permaneço... Ou não tão sozinha. Cercada das minhas angústias rotineiras e, bom... está bem assim. 
Talvez por costume, talvez porque seja melhor mesmo estar sozinha.
Ás vezes é difícil enxergar a limiar entre o real e o irreal, e fico perdida. O coração acelerado pulsa pelo que na verdade não existe, e posteriormente me culpo por essas perdas. 
O meu resumo, aliás, é esse: Posteriormente me culpo. A quantidade de vezes em que isso acontece nunca parece suficiente.

Bom, se não há mortos nessa história, lamento ter de enterrá-los vivos.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Não posso acreditar que seja coincidência ou reviver os mortos. Porque a final de contas...não há mortos nessa história. Por que tudo isso ainda é tão vivo em mim?

domingo, 16 de junho de 2013

Sei que a gente sempre reclama depois que recebe algo que não é pra ser. Mas pelo menos faz crescer... Não é essa a intenção?
Os ideais e os desejos são maiores, eu sei. Mas eu tenho medo de me deixar, e deixar muita coisa. Deixar um pedaço muito grande pra trás.
                                                                                 Meados de 2012. 
Me decido pelo não,e por antecipar o fim já próximo.
Me decido por não mais me deixar levar por umas ilusão já explícita.
Me decido, e posteriormente me culpo pela decisão.
Decisão essa, que de um jeito ou de outro, acabou sendo certa.

                                                                                Meados de 2012.

sábado, 8 de junho de 2013

É cruel ser inteira e viver num mundo pela metade.
Tão perto e tão longe. Paralelas próximas... que não se cruzam.
Só a morte nos faz humanos. Frágeis, um leve sopro de vida. Respiração que cessa, coração que para.
Só a morte nos aproxima da certeza de que somos pó, e ao pó voltaremos.
Mas somos, também, eternos no coração de quem amamos. Quem nos amou nos leva pra sempre dentro de si. Leva a mais bonita lembrança, o mais radiante sorriso.

Quão frágil é a vida, e quão forte é o amor. Só ele é capaz de eternizar.
Ame. Antes que seja tarde.

-Luto, professor Inácio.
Taí. Eu prefiro me decepcionar com uma pessoa a ficar com raiva dela. Porque na decepção eu reconheço que a culpa foi minha, por não ter visto como ela realmente é.
Hoje uma pessoa que eu não conheço me deu boa tarde no ônibus. Eu respondi, e ela disse que se todas as pessoas fossem educadas como eu, o mundo seria bem melhor... Ela tinha razão sobre o mundo, mas não sobre mim. Pensei, quantas vezes eu deixei de sorrir pra um conhecido, até? São essas pequenas coisas que tornam o dia da gente melhor. Um bom dia, um sorriso, um cumprimento sem malícia. Não tive a oportunidade de te dizer isso, mas obrigada cara do ônibus.
                                                                    25/05

É isso, os livros mechem com a gente. O cheiro de livro novo inspirado lenta e profundamente parece limpar minha alma... invadindo os espaços, tirando a poeira. Ocupando-me enquanto o leio. Tomando o monopólio da minha atenção.
Desafio a qualquer um a ler esse livro sem derramar sobre ele uma lágrima ao menos. O meu já tem suas devidas marcas... O "Usa Today" tinha plena razão ao comentar que esse livro martela durante um tempo na cabeça de quem é ou já foi jovem. Ele tem o poder de despertar as nossas mais profundas questões...nossos medos, as injustiças com as quais discordamos ou lutamos contra.
E essa vida segue tão injusta. É tão triste perceber isso... e ainda assim, há tanta beleza na tristeza. Ainda assim, há amor em meio ao caos. Há sentido de viver.

"Shakespeare esteve tão equivocado como quando fez Cássio declarar: 'A culpa, meu caro Bruto, não é de nossas estrelas / Mas de nós mesmos.‛ Fácil falar quando se é um nobre romano (ou Shakespeare!), mas não há qualquer escassez de culpa em meio às nossas estrelas."

Já faz tanto tempo... Quanto tempo faz?

terça-feira, 23 de abril de 2013

Olhando para o ônibus senti um impulso de dar sinal. De entrar nele rumo a qualquer lugar. Andar por aí. Procurar um jeito de fugir de tudo isso.

segunda-feira, 22 de abril de 2013


Estando então no conforto de sua casa, ela chorou. Todas as gargalhadas dadas ao longo do dia se esvaíram, convertidas em lágrimas. O sorriso radiante que a libertava deu lugar a culpa, a vontade de fazer bem.  
O mais difícil continuou sendo saber qual das duas faces era a realidade, e qual a máscara. 

domingo, 21 de abril de 2013


Na poesia encontrei minha liberdade. Meu escrever sem ritmo se acertou e se assentou por ali, gostando do jeito da coisa.
Nela eu pude misturar e contrariar, acrescentar, derrubar. O contexto não necessariamente precisa do nexo, e lá estou eu. Ali estou eu, naquelas palavras. Naquela confusão de sentidos me revelo... mas só pra quem soube me ler. 

sábado, 20 de abril de 2013

Sangue, sua função é transportar substâncias pelo meu corpo, e não ferver em minhas veias. Comporte-se. 
Meu dia te precisa. Meu fim de noite precisa do calor dos seus braços, e meu anoitecer, do seu beijo que me revira do avesso. Meu amanhecer quer seu sorriso, e todo o decorrer do dia quer sua presença que me faz mais... Sua. 
                                                                                     14/04 - 00:02
E a vida taí. Aberta a quem não tem medo de enfrentá-la sorrindo. Mas sorrindo, sempre. 
"... Mas eu não posso mandar no meu coração. Logo ele, que pulsa inquieto, inerte a qualquer ordem do meu cérebro." 
Dá um abraço? Quietinho e quentinho. Me envolve no seu calor. 
"Bom dia, dia que nasce. O raiar do sol invade as cortinas pra anunciar o fim da escuridão.
Bom dia, dia. Que sejas bom."
                                                                        31/03 - 11:04
A gente não escolhe os pontos finais, eles nos escolhem. Vem até nós, se mostrando soberanos. O ponto final não reconsidera, não cria reticências. É um final. 
"Com o passar do tempo, tenho a impressão de que velhas fotografias ganham uma espécie de neblina, fumaça branca que é reflexo da minha confusão quando as olho, sem me lembrar mais de como as coisas eram."
                                                                         14/02
"Nosso inconsciente mexe com a gente. Quando o controle finalmente é estabelecido, uma velha vontade estremece as certezas; sufoca a calma. Angustia."

quinta-feira, 21 de março de 2013


Ele era só um menino assutado. Envolvido em uma casca de frieza levemente passada na maldade. A indiferença dele, na verdade, era se importar demais.
Ele precisava de colo, e nada mais. 

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Desacostumada, lembro-me como era sentir as coisas... com uma profundidade tão grande, que já não se encontrava ar.
É isso, a gente cresce. Com tanta, mas tanta coisa dentro da gente.
Nos olhos, a lembrança das brincadeiras no quintal. No coração, a saudade do mundo de fantasia a um passo. Na alma, a marca, cravada pra sempre, daquilo que a gente queria ser quando crescesse.


E uma hora a gente cresce.
E tantas daquelas certezas, já não cabem mais. As fantasias estão distantes; e o quintal, agora tem muros.
Você é o que queria ser? 


                                                                          30/12/12